Olá, leitores!
Como vocês estão? Espero que todos bem! Na postagem anterior falei com vocês sobre ebooks que a Darkside Books oferece gratuitamente para o leitores. Como mencionei lá, a editora vem roubando suspiros dos amantes de terror e suspense, publicando clássicos desses gêneros com edições caprichadas. Vocês provavelmente já devem ter assistido a filmes como Psicose (1960) de Hitchcock ou O Tubarão (1975) de Spielberg e sabem que a Darkside tem edições maravilhosas dos livros que originaram esses filmes. Que tal pegar a pipoca e maratonar esses filmes de terror e suspense clássicos que foram baseados em livros já publicados pela Caveirinha?
Menina Má (1956)
Publicado originalmente em 1954, Menina Má se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, Menina Má ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Menina Má é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter.
O Tubarão (1975)
Você não está vendo, mas ele está lá no fundo, observando suas pernas se mexerem nas águas turvas. A mais perfeita máquina assassina da natureza, o predador que mantém seu posto no topo da cadeia alimentar desde a época dos dinossauros. Um torpedo de carne, ossos e dentes. Não há para onde fugir. Se você sempre devorou livros, chegou a hora da revanche.
Tubarão é o clássico romance de Peter Benchley que deu origem ao primeiro blockbuster de Steven Spielberg. Mas, mesmo antes do sucesso na telona, o frenesi alimentar de Jaws se transformou num fenômeno de vendas. O best-seller internacional foi o principal responsável em elevar a fera de barbatanas dorsais ao status de perfeita encarnação do mal. Se já existiu um bicho-papão na natureza, ele está dentro d’água.
A história se passa em Amity, um balneário ficcional situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado na praia o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da região. Mas o prefeito Larry Vaughan, mais preocupado com o dinheiro dos veranistas, consegue abafar a notícia e libera o banho de mar na cidade. O banquete está servido.
Psicose (1960)
Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas.
Em Psicose, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, junto com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bates, tornou-se um arquétipo do horror incorporado a cultura pop.
Os Pássaros (1963)
Pássaros. Milhares, talvez milhões, sobrevoam Londres, de forma aparentemente inexplicável e sem sentido, onde parecem observar os habitantes da capital, que os consideram divertidos, se tanto um pouco estranhos. Enquanto as pessoas ainda tentavam entender o que faziam ali, eles começam a atacar, ferindo e até mesmo matando com tremenda brutalidade e violência.
Seriam eles uma força da natureza ou uma manifestação sobrenatural? Ninguém sabe. A única certeza é que o objetivo dos pássaros é a destruição da humanidade e ninguém tem ideia de como impedi-los...
Não vai embora ainda! Alguém conhece a escritora nacional Rô Mierling? A autora de sucesso no Wattpad terá uma obra publicada pela Darkside (Orgulho dessa literatura nacional!). Vem conhecer um pouco sobre a obra que logo a Caveirinha irá lançar!
Diário de uma Escrava
Rô Mierling
Visceral e verdadeira
No Brasil, todo ano, 250 mil pessoas somem sem deixar vestígios. Desse total, 40 mil são menores de idade, dos quais um terço são meninas destinadas a fins sexuais. Muitas escapam ou são encontradas, contando histórias terríveis; outras nunca mais são vistas com vida.
O sofrimento e as reviravoltas de uma menina sequestrada por um psicopata, mostrando o lado doentio e uma visão deturpada do sexo, e o uso da mulher como objeto sexual. É disso que trata O Diário de uma Escrava, um romance baseado em fatos reais, de Rô Mierling, um dos próximos lançamentos da DarkSide® Books.
Laura é uma menina sequestrada e jogada no fundo de um buraco por alguém que todos imaginavam ser um bom homem. Ela vê sua vida mudar da noite para o dia, e passa a descrever com detalhes sinistros e íntimos cada dia, cada ato, cada dor que o sequestro e o aprisionamento lhe fazem passar. Estevão é homem casado, trabalhador, pai de família, mas que guarda em seu íntimo uma personalidade psicopata. Ele percorre ruas e cidades se apossando da vida de meninas ainda muito jovens, pois dentro de si uma voz afirma que é dele que elas precisam. Mergulhando fundo nessa fantasia, ele destrói vidas, famílias e sonhos, deixando atrás de si um rastro de dor e morte.
Narrado em parte em forma de diário, o livro acompanha mais de quatro anos da vida de Laura em um buraco embaixo da terra, período em que algo dentro dela também se modifica de uma forma inimaginável em busca da única maneira para sobreviver. Publicado originalmente na plataforma digital Wattpad, onde já teve mais de um milhão e meio de leituras, Diário de uma Escrava apresenta um retrato duro, cruel, abominável, mas infelizmente corriqueiro no Brasil e em todo o mundo.
Através de Laura, raptada ainda adolescente por um homem que ela chama de “Ogro”, a autora denuncia os diversos tipos de violência que muitas mulheres são obrigadas a suportar em silêncio e nas sombras da sociedade. O “Ogro”, um homem aparentemente comum, honesto e “acima de qualquer suspeita”, mantém Laura presa em uma casa afastada, onde abusa dela sexual e mentalmente, alegando ser ela o seu verdadeiro amor. Laura, compreensivelmente, só pensa em escapar dali. Mas agora ele parece estar mudando. Será que é o melhor momento mesmo para fugir?... Bem, isso você vai ter que ler para descobrir.
Munida dos melhores livros e pesquisas sobre o assunto — incluindo de casos reais ocorridos na Europa e nos Estados Unidos — e também uma grande admiradora do trabalho de Ilana Casoy, Rô sabe que não podemos fechar os olhos para essa realidade. E é por isso que sua narrativa é detalhista e, por vezes, até impiedosa. No entanto, é através da ficção que ela tenta mostrar um sofrimento verdadeiro. Um de seus objetivos como escritora é mostrar, de forma crua e realista, como a mulher pode atingir “níveis degradantes através de situações impostas pelo homem e pela sociedade”. Para Mierling, “a escrita não tem sexo. A mente não tem sexo, e a imaginação e a criatividade muito menos”.
A autora já organizou diversas antologias, além de ter autopublicado e colocado no Wattpad mais de dez livros. Embora escreva ficção, ela transmite um pouco da própria trajetória e de seu cotidiano em suas histórias. Nas obras dela, não há amores melosos, flores e corações. Coisas como essas podem até existir para outros escritores, mas Rô convive com sombras o tempo todo, embora saiba também apreciar o sol. No seu mundo não há espaço para fantasias. “Se eu não acordar para trabalhar, morro de fome, não tenho ninguém por mim. Luto para não ficar doente, não ser vítima de violências, não ficar louca e, ainda assim, chegar à noite de mais um dia. Isso não é fácil, é dark”, explica ela.
A preferência pelo terror e suspense psicológico é naturalmente refletida em seus livros. Na sua nova casa editorial, Rô quer apresentar um terror real, o mal que pode brotar em qualquer um de nós “como forma de alerta a respeito da vida não ser tão florida quanto se espera”.
Por hoje é isso, pessoal! Um ótimo início de mês para vocês! Até mais :)